31 de agosto de 2015

Fluminense x Atlético-MG: O sinal de alerta já está aceso.

Estimados tricolores,


Oito jogos. Seis derrotas. Campanha de rebaixamento. Oscilação normal? Desfalques? Pode ser. Mas perdemos de equipes pobres. Times medíocres. Não conseguimos ganhar de equipes lutando pra não cair. Perdemos até do Vasco que não ganha de ninguém. Qual a explicação? Várias.

A entrada de dois jogadores desinteressados, lentos e sem vibração no time acabou com a equipe de operários.

Do Ronaldinho Gaúcho eu já esperava isso. Ele é um desses malandros do futebol moderno. Faz 3 embaixadinhas, 4 firulas e a torcida carente bate palmas. Vi hoje no Maraca várias famílias com crianças e todos os pais e avôs apontavam um único jogador: Ronaldinho. Mas ele há muito tempo não é mais jogador. E não tem vergonha disso. Parabéns pra quem trouxe , parabéns para quem apoiou e parabéns pra quem gostou. Pela foto dele no vestiário do galo se percebe claramente. Muito preocupado com as 6 derrotas...

Já do Cícero, desse eu esperava e ainda espero muito mais. Um jogador com o salário dele não pode andar em campo. Ele tem que suar sangue e sair de campo exausto. E potencial ele tem. Chuta bem, cabeceia bem, tem bom passe. Mas precisa querer. Em toda sua carreira isso que lhe faltou: querer. E ele nunca quis. Já está grandinho pra aprender, não?

Independente dos vários erros cometidos pelo Enderson, nada justifica a burrice e a falta de vontade, falta de espírito de campeão. De maneira sensacional nosso treinador resolveu que o Ronaldinho deve e pode jogar como centroavante. Sim. De costas pro gol no meio dos zagueiros. O ex-rei dos "dibres" de centroavante. E o que fazem nossos "laterais" e volantes? Cruzam bolas da intermediária pro Ronaldinho cabecear! Claro. No meio de dois zagueiros de 4 metros de altura e contra um goleiro que, ao contrário do nosso, sabe que pode sair do gol e cortar cruzamentos com as mãos. Quatro, cinco, seis cruzamentos. Culpa do treinador? Talvez. Mas jogador não sabe pensar sozinho?

Além disso, nossos laterais inexistem. O Scarpa eu livro a cara. Garoto esforçado, tem meu respeito. Mas o restante, meu Deus. Triste. E o Gum? Também tem meu respeito por seu passado mas não dá mais. Impressionante sua dificuldade na marcação. Não consegue se antecipar e comete um erro básico pra um zagueiro da sua experiência: deixa o corpo pro centroavante se apoiar. Básico. Mas parece que ele esqueceu.

E assim seguimos. Aos trancos e barrancos. Somos o reflexo do nosso VP de futebol. Uma prima dona preocupado em aparecer. Quer holofotes, se acha a estrela da companhia. Chegamos ao ponto de ver hoje algo inédito: um jogador fazer gol e correr para abraçar o VP do seu time. Aonde chegamos? No momento em que o torcedor vira VP de Futebol, deve imperar o profissionalismo. A relação com os jogadores deve e pode ser fraternal mas com respeito e sem misturar estações. O que vimos hoje foi campanha. Pura e simples.

Enfim, como diz o André Horta, futebol é simples. Montar um elenco não é complicado quando você entende do que faz. O Mario é um excelente advogado. Mas não está preparado nem pessoalmente e nem profissionalmente para comandar o futebol de um time como o nosso. Nosso elenco é desequilibrado, alguém pensa o contrário? Não temos nenhum bom lateral. Não temos um meia agudo, estilo Conca. Temos jogadores fracos tecnicamente. E não é falta de dinheiro. O orçamento já passou dos 4 milhões por mês. Mas ter dinheiro sem saber usar, preocupado apenas em atrair holofotes com o foco nas eleições, é complicado.

E não me venham com papo de oposição crítica e raivosa. Foram 8 jogos. 6 derrotas. Não dá mais pra passar a mão na cabeça. Temos uma torcida anestesiada como o time. Uma torcida que não protesta, não pressiona e aliás que nem ao estádio tem ido, de tão desconfiada que anda. Hoje foram 20 mil. Num domingo de sol, no Maracanã, vindo de vitória, no G4, contra adversário direto. Sinal do que pensam do atual time. Preferem o conforto do pay per view do que sofrer no estádio. Estão certos. Torcedor é soberano, sempre e termômetro do time.

Ainda dá tempo. Faltam muitos jogos. Mas a reação precisa começar. Já. Ou o G4 pode virar G16.


Danilo Fernandes
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

27 de agosto de 2015

Paysandu x Fluminense - E o tal pokemon?

Esperançosos Tricolores,
     

Numa partida bem menos dramática do que imaginávamos, em que o Fluminense controlou as ações na maior parte do tempo, o Tricolor mais famoso das galáxias habilitou-se para a disputa das quartas-de-final da Copa do Brasil, vencendo o aguerrido time do Paysandu novamente pelo placar de 2x1. Mesmo com o inacreditável número de dez desfalques, dentre eles os três principais atletas do elenco (Fred, Ronaldinho Gaúcho e Diego Cavalieri), os comandados de Enderson Moreira atuaram com muita inteligência, se aproveitando do desespero adversário e pouco se importando com o Mangueirão lotado.

Mais um gol de cabeça de Cícero abriu os trabalhos, aproveitando bom cruzamento de Victor Oliveira quando o Fluminense já era bem superior. Após perder algumas oportunidades de ampliar, o próprio Victor cometeu penalidade infantil, que apesar de clara foi marcada apenas pelo auxiliar, algo que parece ocorrer apenas contra o clube. Já no segundo tempo, uma rápida trama pela esquerda culminou com certeira assistência de Magno Alves para Marcos Junior, sepultando qualquer chance de reação dos paraenses.

A nota preocupante ficou por conta da agressão covarde sofrida pelo volante Edson, cujo atleta adversário foi prontamente expulso pelo árbitro. Nesse sentido, cabe questionar os parâmetros de normalidade utilizados pelo ex-zagueiro do clube e agora comentarista, Edinho, que inacreditavelmente relatou que se tratava de uma "técnica certa para subir", configurando-se um lance meramente casual. Voltando ao nosso jogador/guerreiro/pedreiro, torcemos para que a fratura sofrida no nariz não o tire de combate por muito tempo.

Sacramentada a classificação, voltamos ao Campeonato Brasileiro e o confronto contra o Atlético-MG promete ser emocionante e depende bastante do seu comparecimento. Não custa lembrar que o adversário virá mordido pela eliminação de ontem, curiosamente algo similar ao jogo do turno, não podendo de modo algum ser subestimado. Mas temos que manter a pegada de Belém e mostrar que no nosso terreiro quem canta de galo é o Fluminense.

Portanto, domingo é dia de Maraca!!! Todo mundo tem que estar lá!!

Saudações Tricolores.

PS: É bacana ver os dois queridinhos da mídia se despedindo juntos...


Danilo Jeolás
Sócio-Contribuinte e membro do Esperança Tricolor

24 de agosto de 2015

Até quando?

Caríssimos tricolores


Estamos ouvindo há algum tempo vários discursos. "Fomos abandonados pelo nosso antigo patrocinador, portanto este será um ano diferente"; "Associe-se ao Fluminense. Esta é a melhor maneira de ajudar o clube"; "As contratações para este ano foram feitas baseadas em estudos feitos pela equipe de scouts do clube"; "Estamos vivendo um momento especial. Tenham paciência com as nossas apostas"; Entre outros.

Mas sabe o que eu, Alexandre, que me associei ao clube com um plano de Sócio-Futebol em 2013, vejo? Incompetência! Sendo que esta sempre vem sendo mascarada ou disfarçada com os discursos citados no parágrafo anterior. Isso quando não vejo proeminentes dirigentes do clube subvertendo a matemática na tentativa de fazer torcedor de trouxa. Mas vamos agora destrinchar onde está a incompetência que eu vejo em cada um dos discursos usados.


- "Fomos abandonados pelo antigo patrocinador, portanto este será um ano diferente"

Sim, fomos abandonados pelo antigo patrocinador e por isto este seria um ano diferente. Agora vem o ponto de divergência. Eu vi muitas das pessoas que fazem parte do grupo de apoio à gestão do clube reclamar do antigo patrocinador, que o Fluminense estaria em uma situação muito melhor caso o clube se livrasse da influência do antigo Mecenas. Não que o referido não cometesse seus erros, e sim, ele os cometia, erros dos quais eu mesmo critico. O discurso do grupo político se realizou. E havia um plano B preparado para esta situação ocorrer? Não. Porém o clube teve a sorte de poder contar com um novo Salvador da Pátria, que conseguiu um patrocinador rapidamente e que até está bancando o sonho do CT tricolor. Pra quem estiver disposto a fazer um exercício de análise, dá pra traçarmos um interessante paralelo com o ano de 1999, onde o que diferencia o Salvador da Pátria atual do daquele ano é a diferença de ações (enquanto o antigo pensava só em montar grandes times de futebol, este pensa na estrutura do clube). Mas até quando o atual Salvador da Pátria será visto com bons olhos para a administração do clube (sendo que o mesmo já teve seus problemas com o grupo político de apoio da gestão no passado)?

- "As contratações para este ano foram feitas baseadas em estudos feitos pela equipe de scouts do clube"

Tendo em vista o contexto do clube à época, com pouco dinheiro, que não possuía a certeza da continuidade do antigo patrocinador, e levando em consideração também que o Novo Salvador da Pátria possui modus operandi diferente do anterior, é compreensível e aceitável a justificativa do uso da equipe de scouts para conseguir jovens reforços de forma gratuita. Porém, do pacote de reforços do início do ano (composto por Marlone, Vinícius, Lucas Gomes, Guilherme Santos, Victor Oliveira, Giovanni e João Filipe) somente um destes rendeu bem pelo Fluminense, caso de Vinícius. Muitos vão reclamar sobre Giovanni, mas este aí só ficou mesmo por conta da falta de outro jogador e não por sua capacidade técnica. Alguns destes já foram dispensados pelo clube, como os casos de Marlone e Guilherme Santos. E os outros, excetuando Vinícius, apresentam deficiências técnicas tão impressionantes que é impossível você pensar em competência da referida equipe de scouts. E enquanto os jogadores de scout vinham chegando, jovens valores da base que hoje em dia se mostram muito mais úteis que a maioria das apostas feitas eram emprestados ou convencidos a procurarem outros clubes.

- "Estamos vivendo um momento especial. Tenham paciência com as nossas apostas"

Como ter paciência em apostas que apresentam deficiências técnicas tão gritantes assim, como nos casos de Lucas Gomes, Victor Oliveira, Guilherme Santos (que graças aos deuses do futebol já foi negociado), Giovanni e João Filipe? E o que mais impressiona é que mesmo mostrando tantas deficiências técnicas estes jogadores vão tendo chances no elenco. E em muitos casos o Fluminense perdeu jogos por conta destas deficiências técnicas, sendo o caso mais emblemático a partida de ontem contra o Joinville. E a pergunta que fica é: Por quê jogadores tão fracos assim continuam tendo tantas chances quando alguns jogadores vindos da base que se mostram muito mais produtivos que estes apenas ganham chances por serem as últimas opções ou só pra jogar improvisados em posições que não são as suas?

- "Associe-se ao Fluminense. Esta é a melhor maneira de ajudar o clube"

Esta é a maior das falácias que vejo circulando pelas redes sociais atualmente. A princípio você pode pensar que se associar ao Fluminense é a melhor maneira de ajudar o clube que você tanto ama. Mas tendo em vista o que vem acontecendo no clube, você só consegue ajudar mesmo o Fluminense de uma única forma: Sendo Sócio-Contribuinte do clube (ou proprietário, condição que de acordo com o Estatuto do Clube só é possível em condições especiais). Você, meu caro amigo Sócio-Futebol como eu, está atualmente ajudando a manter não o seu clube de coração, mas a empresa a qual o clube terceirizou a administração destes planos alegando incompetência na gestão dos planos, ou ao Consórcio Maracanã, que agora também recebe uma parte do dinheiro que seria destinado ao clube com o ~novo e melhorado~ acordo feito entre Clube e Consórcio. E sim, me sinto feito de idiota pelo Clube, pois a propaganda criada na época era a de que eu ajudaria O Clube, situação que hoje em dia não mais ocorre. Alguém pode vir e dizer "se é assim, pare com o seu mimimi e torne-se Sócio-Contribuinte, oras", mas não é assim tão simples. Se eu pudesse mesmo, já o teria feito. Porém infelizmente a melhor ajuda que posso fazer é me manter Sócio-Futebol (situação que muitas pessoas podem compartilhar também), mesmo sabendo que não estou ajudando ao meu Clube e sim a terceiros.


E além destes citados, temos outros focos de incompetência. Vemos um presidente que descarta a contratação de um preparador físico da capacidade do Paulo Paixão por este ser "muito caro"; Vemos o clube participar de um torneio no exterior no início do ano, no mesmo período onde deveria começar a preparação física e técnica para o restante do ano, sendo que um dos destaques que o clube leva para este torneio é um jogador de futebol morbidamente obeso, se levarmos em consideração o padrão físico necessário para o desempenho da atividade; Vemos um time que possui uma preparação física fraca, fazendo com que os jogadores já estejam cansados com pouco tempo de disputa ao voltarem para o segundo tempo das partidas; Vemos um presidente que resolve brigar com a Federação DURANTE o torneio organizado por ela (concordo que o Clube estava brigando pelos seus direitos e acho correto brigar pelos seus direitos. Mas brigar durante a disputa do certame é assinar um recibo que diz "autorizo-os a prejudicarem meu clube da forma que quiserem no seu torneio", ainda mais quando sabemos que a Federação é conduzida por um tipo de máfia); Vemos um clube que libera jogadores que voltam de lesão ou que estão voltando a jogar pelo clube depois de passarem bastante tempo sem jogar não obedecendo um critério sensato (como nos casos de Fred, Ronaldinho, Osvaldo e Cícero); Vemos o clube mudar a estratégia nas contratações e, das jovens promessas, voltar aos medalhões (Pierre, Antônio Carlos, Magno Alves, Ronaldinho Gaúcho e Wellington Paulista) sem justificar nada e deixando aos torcedores a ideia de que erraram no início do ano; Vemos o Departamento de Futebol insistir em manter Cristóvão Borges para dois ou três meses depois demiti-lo, contratando logo após Ricardo Drubscky, que logo no início do brasileiro se assume incapaz de conduzir o time de futebol; Vemos o VP de Futebol contratar um jogador de 39 anos se baseando única e exclusivamente em PENSAMENTO MÁGICO; Vemos o time de futebol jogando muito mal e sem qualquer padrão de jogo; Vemos a máquina do Clube sendo usada para iniciar a campanha política do ano que vem (apesar da massa defensora dizer que só a oposição vem fazendo politicagem rasteira); E muitos outros focos que em qualquer lugar seriam definidas como incompetência, mas não neste Fluminense de hoje em dia.

Sim, eu, Alexandre, estou cansado de ver o Fluminense sendo conduzido desta forma por gente que diz Ser Fluminense mas que, pelas suas atitudes, demonstram apenas Estarem Fluminense. E sim, estou cansado de ver estas pessoas pensarem que fazem a todos de idiotas. Tenha a certeza de que não somos idiotas.

O Fluminense não merece gente como vocês. Tudo pelo Fluminense, NADA do Fluminense!


Alexandre Nogueira
Sócio-Futebol e Membro do Esperança Tricolor

21 de agosto de 2015

Resultado muito melhor que a atuação

Esperançosos Tricolores,


Um chute perfeito do lateral-direito reserva nos propiciou mais uma daquelas vitórias cardíacas, algo completamente dentro dos parâmetros para um torcedor tricolor. O triunfo por 2x1 sobre um bem-armado Paysandu nos leva com vantagem para Belém, num Mangueirão fatalmente lotado e com bastante pressão. Mas não tenham a menor dúvida que nossa classificação corre riscos, notadamente se mantivermos o baixo padrão da atuação de ontem.

A entrada de Ronaldinho Gaúcho e Cícero praticamente ao mesmo tempo, evidentemente elevou o nível técnico do time, mas cabe questionar se essa melhora em nível de criatividade compensa a visível perda de competitividade da equipe. Basicamente, temos perdido o meio-campo nos últimos jogos (exceção talvez à partida contra o Figueirense) e além de sermos bem mais atacados do que antes a saída de bola ficou demasiadamente lenta, permitindo a recomposição do adversário. Cumpre salientar também a queda de produção do volante Édson, o que tem sacrificado bastante Jean e os laterais.

Como um alento, deve ser destacada a boa performance do goleiro Julio César, indubitavelmente o melhor jogador em campo e o primeiro gol de Magno Alves em seu retorno ao Fluminense, tornando-se o jogador mais velho a marcar um gol pelo clube, considerando apenas a Era Profissional. E como já citado, o tiro "na veia" desferido por Renato, numa finalização que apenas Castilho conseguiria defender.

No próximo domingo, possivelmente sem Fred e Ronaldinho, teremos mais uma dura batalha contra um redivivo Joinville, no que se caracteriza como um confronto bastante perigoso. E a sequência contra Atlético-MG, Corinthians e Flamengo definirá nossas aspirações no Brasileirão. Voltar à Libertadores, por uma via ou por outra, é algo bastante possível.

Saudações Tricolores a todos!!

Danilo Jeolás
Sócio-Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

17 de agosto de 2015

Termina o primeiro turno.

Estimados Tricolores,


Enfim uma vitória e a volta para o G4. Não fossem os pontos perdidos nas últimas rodadas... Mas o mais importante foi terminar o primeiro turno na cola dos líderes. Ainda mais se levarmos em consideração todo o contexto político e econômico do clube, não podemos negar que a campanha neste Brasileiro é inesperadamente boa.

Sobre o jogo de ontem, Enderson continua com o 4-2-3-1, porém com a "escalação ideal" para a maioria dos torcedores, atualmente (levando em consideração os desfalques por lesão e suspensões), sendo o meio formado por Edson e Jean como volantes, Osvaldo aberto pela esquerda, Cícero aberto pela direita, e Ronaldinho na meia central. Só que o técnico tricolor resolveu variar um pouco a situação, pedindo que Ronaldinho saísse da meia central e ocupasse mais a área adversária junto ao Fred, e que Fred saísse mais da área para puxar a marcação e criar espaços para o Ronaldinho decidir. Uma proposta interessante, que deixou o meio de campo pouco funcional, já que Jean e Osvaldo não fizeram um bom primeiro tempo. Cícero acabou sendo o único ponto de lucidez no meio de campo tricolor durante toda a primeira etapa. E para piorar, Marlon cometeu um pênalti infantil no fim do primeiro tempo. O time catarinense converte a penalidade, sendo que quase não deu trabalho para a defesa tricolor.

Na volta para o segundo tempo, uma mudança total de posicionamento e postura. Ronaldinho voltou para a criação na faixa central do meio campo, Wellington Paulista no lugar de Osvaldo aberto pela esquerda e Cícero jogando aberto na meia direita, porém tendendo sempre a procurar o meio de campo para abrir o corredor para a passagem de Wellington Silva (que ontem também teve boa atuação). E o mais importante: intensidade na marcação no campo do adversário. E então um cruzamento perfeito feito por Wellington Paulista lá da ponta esquerda encontrou Cícero no segundo pau da defesa do Figueirense, empatando a partida. A intensidade é mantida e Cícero quase desempata em outra cabeçada na área adversária, onde foi impedido por uma belíssima defesa do goleiro Muralha. O desempate veio em uma grande jogada: Cícero parte com a bola dominada buscando a diagonal em direção a área, a defesa catarinense tenta fechar os espaços para um possível toque para Wellington Silva e Cícero faz mágica: Um lançamento primoroso buscando Fred, que se livra da marcação do zagueiro e marca o gol de desempate. Fred pediu para ser substituído, pois estava com cãibras e Lucas Gomes entrou no seu lugar. E aí vem o ponto onde Enderson outra vez se perdeu: Ao invés de manter a estrutura, colocando Wellington Paulista na área e Lucas Gomes em uma das pontas, resolveu pôr Ronaldinho na área e jogar Cícero na meia central, onde acabou prejudicando um pouco o jogador e descaracterizando a proposta de jogo do segundo tempo. O Figueirense teve um jogador expulso no fim do segundo tempo e, enfim, quebramos a sequência de derrotas.

Foi uma importantíssima vitória, mas entendo que ela poderia ter vindo de forma mais tranquila, já que a proposta do Figueirense era de se defender e tentar uma bola marota pra conseguir a vitória. O principal ponto que observo é o técnico cometer o principal erro de Cristóvão Borges no ano passado. Encontrar uma maneira de jogar por conta das características de alguns jogadores e, quando precisou mudar os jogadores, insistir em manter a mesma estrutura de jogo mesmo sabendo que os jogadores substitutos não possuem as mesmas características.


Considerações importantes:

- Que bela atuação a do Cícero, pelo menos quando jogou num setor do campo onde suas características sobressaíram melhor. Diferentemente do jogo contra o Inter, onde jogou na faixa central do trio de meias, jogou aberto pela direita procurando o centro do campo para abrir o corredor para a passagem do lateral, e sempre carregando a bola ao invés de recebê-la em lançamentos em profundidade ou tentando imprimir uma correria que não lhe é característica. Seu rendimento voltou a cair quando voltou à faixa central do trio de meias no segundo tempo;

- Edson e Jean pareceram meio aéreos no primeiro tempo, mas melhoraram no segundo;

- Que desperdício vem sendo ver Gustavo Scarpa jogando (por necessidade) na lateral esquerda;

- A escalação de ontem era boa, porém para jogos onde o foco do time for controlar a partida. Para jogos onde o foco for intensidade, infelizmente alguns jogadores necessitarão ir para o banco;

- Ronaldinho precisa recuperar a forma física. Ele está parecendo aquele cara muito mais velho jogando no meio da garotada;

- Apesar do pênalti infantil, bola dentro do Marlon em ter assumido que cometeu o pênalti na entrevista do intervalo;

- Uma aposta: temos uma boa opção para jogos que o Jean não puder jogar (ou mesmo para fazer uma sombra a ele). E atende pelo nome de Higor Leite;

- Hora de mudar o foco e pensar na Copa do Brasil. Para este jogo de quinta-feira, Ronaldinho Gaúcho e Wellington Silva poderiam ser poupados. Melhor que o Renato jogue neste confronto para que não ocorra situação parecida com a que o time enfrenta na lateral esquerda.


Vamos Fluminense, com garra e com raça!


Alexandre Nogueira
Sócio Futebol e membro do Esperança Tricolor.

13 de agosto de 2015

Hora de se tomar uma atitude

Estimados Tricolores,


Quando o ano começou todos prevíamos que seria muito difícil. Depois de anos nosso patrocinador nos deixava. Um dos nossos maiores craques e ídolo, Conca, também preferiu sair. E olhávamos o elenco recheado de promessas e fracas apostas e pensávamos que nosso futuro seria negro.

Veio o Estadual e no meio de polêmicas, naufragamos. Muito se especulava que essas polêmicas eram uma cortina de fumaça para esconder as fraquezas do elenco montado mas também sempre que se criticava o elenco lembrávamos da saída do patrocinador.

Começa o Brasileiro e o Fluminense surpreende. Com um time encaixado, recheado de garotos e liderado por Fred vamos juntando pontos e chegamos ao G4. Um time forte na marcação, rápido no ataque e cirúrgico. O esquema 4-2-3-1 funciona mesmo com os altos e baixos, mais baixos, da promessa Gerson.

Com a chegada da janela todos os elencos se modificam e após algumas saídas, nosso elenco dá a impressão de ter sido reforçado. Trocamos apostas por nomes de mais peso tais como Pierre, Cícero, Osvaldo e Ronaldinho Gaúcho. Ótimo. Brasileirão é coisa séria e elenco é sempre bom. Alguns desses nomes trazidos pensando em 2016 mas ok. Faz parte do jogo e do processo.

Só que com o novo elenco é necessário um novo esquema. O famigerado 4-2-3-1 exige que os três do meio sejam rápidos, para recompor a marcação, pressionar a saída adversária e chegar ao ataque. Com Cícero e Ronaldinho Gaúcho, impossível funcionar. O time fica previsível, lento e sem agressividade. E a derrota de ontem nos mostrou isso. Perdemos a velocidade do contra ataque, antes puxado por três garotos e também perdemos a pressão no meio.

Ainda não é momento para desespero. Seguimos na parte de cima da tabela. Mas nosso treinador precisa reorganizar a equipe e descobrir uma maneira de fazer funcionar um time com Cícero, Ronaldinho e Fred. E entender que o Fluminense é time grande. Convidar o Inter em sua casa para nos atacar faltando 10 minutos mais os acréscimos para o fim do jogo, foi um erro. Pra que colocar um zagueiro naquele momento mesmo com 10? Perdemos um atacante mas as linhas defensivas estavam mantidas.

Dito isso, alguns pontos exigem atenção:

1) Marco Junior ainda é um garoto mas já um pouco rodado. Erros acontecem mas o de ontem nos custou 3 pontos. Que se converse com o garoto para que seja mais inteligente, controlado e menos estabanado. Na próxima, multa. Já a expulsão do Antônio Carlos merece multa salarial, devido a infantilidade do lance e principalmente pelo fato do zagueiro já não ter mais idade para agir desta forma;

2) Não temos um time galáctico. Portanto não podemos entrar nessa de poupar jogadores estabelecendo um rodízio dentro do elenco. Talvez em uma ou outra posição isso seja possível. Mas jogadores como Fred e Osvaldo estando aptos a jogar depois de treinarem com o time, deveriam ter sido aproveitados ontem. Sabemos que agora teremos uma sequência forte com 2 jogos por semana mas ontem era um jogo importante para o moral do grupo e para não descolar do líder;

3) Se é verdade o que se diz nas redes sociais e nos círculos de sócios do clube, bola fora essa discussão por bicho antecipado. Como assim receber prêmios antes de entregar resultados? Repetindo: se for verdade, bola muito fora. Essas atitudes que preocupam com relação a maturidade dos nossos líderes. E se for verdade, parabéns ao tesoureiro do clube que não teria autorizado o pagamento antecipado. Planejamento e responsabilidade financeira é obrigação;

4) Mais uma vez um árbitro paulista comete um erro que nos prejudica. Se acertou na expulsão do Marco Junior, absurdo não ter expulsado o jogador Alex do Inter. Some-se a isso a CBF decidir economizar justo no jogo do Corinthians escalando um juiz paulista, está na hora da diretoria abrir o olho. Jogo se ganha em campo. Mas às vezes fora também.

Que venham os 3 pontos no domingo. Ainda dá pra sonhar com o G4. Título ainda é possível mas complicado com essa instabilidade do time. G4 sim.


Esperança Tricolor

5 de agosto de 2015

Considerações sobre a venda do jogador Gérson

Esperançosos Tricolores,

Com a confirmação da negociação do meia Gérson para a Roma, aparentemente por 16 milhões de euros, já confirmada pelo próprio Presidente do clube, resta-nos fazer algumas indagações e ponderações, já que a transação foi bastante nebulosa desde o seu início.

Diferentemente do aventado pela imprensa e a maior parte da torcida, o valor pago à título de prioridade pelo Barcelona (e que também englobaria o direito de exercício sobre os atletas Marlon e Kenedy) foi apenas um adiantamento, com ressarcimento em caso de venda para outra agremiação ou abatimento na hipótese de transação com o próprio clube catalão.

Cabe salientar que em negociações com cláusulas similares pelo mundo afora, tal ressarcimento é bastante incomum, o que já de imediato denota pouca capacidade de barganha pela nossa direção. E pelos últimos informes, causa ainda mais aflição a notícia de que tal adiantamento não contou com nenhum mecanismo de swap cambial, opção natural que protege as partes envolvidas quanto a potenciais riscos cambiais. Como é notório, o real vem em agravada curva de depreciação, algo que qualquer estudante de economia do segundo período já domina com tranquilidade.

Mas não vamos nos ater somente ao viés financeiro. Mesmo com todo o decantado enfoque de prioridade não-reembolsável ecoado por mídias, sócios e torcedores, em momento algum nossa direção fez questão de desmentir, evidentemente por se tratar de uma tese benéfica, ainda que fantasiosa e inverídica.

Nosso VP de Futebol (sabidamente hábil com as palavras, o que é fundamental pois advoga em prol do clube) sempre se apressa em vir à público elucidar pontos desabonadores à atual gestão. Neste ponto específico não foi emitida sequer alguma das famosas notas verborrágicas, objetivando que se soubesse desde o início as condições do valor adiantado. Pode ter sido esquecimento, assim como a notícia de que o clube recusou 20 milhões de Euros pelo próprio Gérson.

Trazer sócios requer transparência, credibilidade e zelo com os torcedores. Infelizmente não contrataremos um Ronaldinho Gaúcho por mês e o Esperança Tricolor estará atento, cobrando dos atuais gestores o que se espera de alguém a frente de um clube glorioso, vencedor e acima de tudo ético como o Fluminense Football Club.


Danilo Jeolás
Sócio-Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

4 de agosto de 2015

Transparência é o nome do jogo.

Estimados tricolores,


A tão falada MP do Futebol traz um grande benefício para nosso esporte: Exigir que os clubes sigam as boas práticas de gestão. Isso significa em resumo transparência administrativa. E com essa transparência nosso futebol atrairá empresas, hoje refratárias a investir justamente por não termos essas boas práticas de gestão. E atraindo grandes investidores, ganhamos todos, clubes, torcedores, imprensa e patrocinadores pois o nível, péssimo hoje em dia, deve melhorar e a tendência é termos equipes e campeonatos cada vez mais fortes.

Para que isso aconteça obviamente os clubes precisarão de gestores que queiram e saibam implementar essas boas práticas. Governança corporativa, auditorias periódicas, processos claros e transparência são suas principais componentes. A atual gestão do nosso Fluminense ainda engatinha nessa direção. Há de se reconhecer os esforços para que tenhamos um balanço mais claro, apesar de algumas decisões tomadas serem questionáveis. Mas pelo menos se percebe o avanço. Justo reconhecer.

E agora temos uma situação complexa que serve de exemplo do que seria uma boa gestão: a negociação do jogador Gerson. As especulações na imprensa e nas redes sociais são grandes. E resumidamente existem duas dúvidas: o valor que será pago e se a tal "taxa" de prioridade terá que ser devolvida em caso de venda para outro clube que não o Barcelona. E se for o Barcelona, se esse pagamento de prioridade estará incluído nos valores divulgados.

Alguns certamente dirão: "Mas isso é problema do clube, não tem que informar nada." Errado. Ser transparente exige clareza nas negociações. Há uma grande diferença entre vender o Gérson por 12 milhões de euros como publicado hoje pelo catalão Sport ou por 20 milhões de euros como publicado por sites e jornais tais como Globo.com, Lance, UOL, Marca e Esporte Interativo e nunca questionado ou desmentido pela diretoria. Num clube que aprova um déficit no seu orçamento de 2015 na ordem de 40 milhões de reais, 8 milhões de euros ou 30 milhões de reais, importam sim. E o sócio que paga suas mensalidades em dia tem o direito de saber.

O jogador Gerson ainda é um garoto. Com 18 anos ainda vai evoluir muito. E joga numa posição carente mundialmente. Poucos são os "10" habilidosos por aí. Sinceramente nós manteríamos o garoto por mais 3 anos no clube. Um risco? Sim, mas no caso do Neymar esse risco funcionou. O Gerson de hoje é acomodado, displicente e desinteressado. Mas isso é parte do processo em que está metido e da volúpia de seu pai, além claro da oscilação natural da idade e da sua utilização aberto pela ponta dentro do esquema proposto por nosso treinador (o Gérson funcionaria melhor vindo pelo meio de frente para o gol e os atacantes).

Dito isso, não criticamos sua venda. Entendemos as razões do clube. O que esperamos da gestão Peter é que informe de maneira transparente os detalhes da transação e que aplique de maneira coerente os recursos advindos dela. Se lembrem do caso Neymar e Barcelona e toda celeuma causada pelos valores. Não queremos isso para o Fluminense.

Esperança Tricolor

2 de agosto de 2015

Não temos ídolo

Estimados Tricolores,

Quem é Fluminense certamente já escutou que não temos um ídolo. O Botafogo tem o Garrincha. O Vasco o Dinamite. O Flamengo o Zico. E o Fluminense? Tem um ídolo? Claro que não.

O que é um ídolo? Qual a definição de ídolo? Ídolo é aquele jogador que numa quarta-feira chuvosa, cidade parada com jogo às 10 da noite te faz ir pro estádio certo de que ele vai te recompensar como maestro do seu time, conduzindo sua equipe a mais uma vitória. Que você sabe que quando a bola vai pra ele a torcida adversária prende a respiração, olha pro céu, enquanto você estica o pescoço e se prepara pra vibrar.

Ídolo é aquele que te conduz a títulos. Que faz a diferença, que respeita sua camisa, sua história e sua torcida.

Sim, o Flu não tem um ídolo. Temos ÍDOLOS. Goleiros como Castilho, Veludo, Félix e Paulo Victor. Zagueiros como Pinheiro, Edinho, Ricardo Gomes e Thiago Silva. Meio campistas e atacantes então, seria difícil listar todos sem ser injusto, Preguinho, Telê, Didi, Assis, Romerito, Rivelino, PC Caju, Renato Barriga Gaúcho, Deco. Sem falar no Fred que numa época mercantilista em que ninguém fica num clube muito tempo, já está no Flu desde 2009. Chegou com 25 anos. E segue no Flu depois de dois brasileiros e muitos gols. Seu time tem algum jogador assim?

E ontem vimos a estreia de mais um candidato a ídolo: Ronaldinho Gaúcho. Muitos dirão que ele já não é o mesmo, que não é sério, não é profissional e que veio pro Rio curtir a vida e se aposentar. Cuidado. Falamos do Fluminense.

Esse clube tem o dom de desafiar o impossível. Tem uma mística que independe do lugar comum, do oba oba da imprensa. Um clube irritante que vai pra Terceira e não fecha. Que tem 95% de chance de cair e não cai. Que é campeão aos 45 do segundo tempo com gols improváveis, Assis, Renato e Antônio Carlos não me deixam mentir. Somos o clube capaz de buscar jogador aposentado jogando futevôlei em Búzios e no ano do centenário do coisa ruim, com Romário e cia, estragar a festa com a empáfia humilde, sim, empáfia humilde que só um tricolor conhece.

Portanto você que acha que o Flu será apenas mais um clube na vida do Ronaldinho, cuidado. Temos o dom da eternidade. Parabéns Ronaldinho pela escolha. Aqui você será mais um dos ídolos da nossa rica história. A torcida que nunca abandona o time e que sempre inova na arquibancada, estará ao seu lado. Vide o mosaico 3D de ontem, o primeiro visto no Maracanã. Assim é essa torcida. Não precisamos que o time vença ou marque gol para cantar. Não precisamos que nos digam que torcida é essa. Só nós sabemos o amor que nos guia.

Grande jogo do Ronaldo. Mais um ídolo para nossa galeria!

Danilo Fernandes
Sócio Contribuinte e membro do Esperança Tricolor