23 de abril de 2016

Eu gosto de futebol

Estimados tricolores,

Comecei a escrever quando estava Corinthians 1 x 1 Audax. Talvezo Audax perca. Camisa pesa. Mas o que vejo me lembra muito meus filhos.
Os três jogam no Barcelona. Na escola oficial do RJ. Os três são defensores. Um deles, 9 anos, joga de zagueiro. Semana passada no campeonato interno ele perdeu na corrida pro centroavante. O menino entrou sozinho com o goleiro. Meu filho correu e tomou a bola. Dentro da grande área. Tomou e...não deu chutão pra desespero do meu pai que gritava: chuta, isola, tira porra! Mas não. Meu filho de 9 anos tomou a bola dentro da grande área. Levantou a cabeça, driblou o atacante dentro da área e tocou tranquilamente pro irmão que é lateral. Meu pai, babando e quase infartando, disse ufa! E me ligou gritando: ele é craque! É craque!

Não pai. Ele joga futebol. Como jogavam Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Luizinho de 82 ou o Edinho. Zagueiros clássicos. Antes da invenção do zagueiro zagueiro do "profexor".

Muito provavelmente o Audax vai perder pro Titebol. Não culpo o Tite por isso. Ele é o maior treinador do futebol brasileiro. Faz o time jogar o que a média medíocre do futebol brasileiro exige. Um futebol feio, marcado, aonde ninguém guarda posição e todos pegam. Um futebol que ganha e atende a times de massa como o Curintia. No Curintia jamais o Fernando Diniz teria sucesso. Nem no Framengo. Nesses clubes no primeiro gol sofrido porque o goleiro não deu chutão, invadiriam o campo.

Aliás, gol do Audax. Lateral direito de esquerda. No ângulo. Ó narrador sem graça. Não consegue explicar. E ele faz parte da imprensa que pede novidades no futebol brasileiro. Diz que o Curintia pressionava mas num chute o Audax fez. Não. Lembra do primeiro tempo? Aos 30 o goleiro do Audax levou o amarelo. Porque? Por demorar no tiro de meta. O narrador gritou: "ta fazendo cera!" E a repórter diz: o assistente técnico disse que nao era cera. Ele nao pode dar chutão e procurava alguem pra sair jogando!

É isso. O idiota da Sportv não entendeu. Nem a torcida do curintia que cobrava raça e marcação do André ao toque de bola do Audax na saída de bola. Vocês gostam de Muricybol. Titebol. Eu gosto de futebol. Desse.

PS: o Audax se classificou nos pênaltis, 4x1.

Danilo Fernandes
Sócio Contribuinte e membro do Esperança Tricolor

22 de abril de 2016

O Primeiro da Primeira!

Esperançosos e Campeões Tricolores,

        E mais uma vez o Fluminense foi pioneiro. Numa bonita festa e com o tradicional 1x0 de tantas outras conquistas (Estaduais de 1976/80/83/84, Copa do Brasil 2007, Campeonato Brasileiro 2010), o Tricolor mais amado do Brasil sagrou-se o primeiro campeão da Copa da Primeira Liga, torneio que esperamos ser o embrião de novos tempos no combalido e claudicante futebol brasileiro. 

        A conquista reverbera a correta aposta em um treinador tarimbado, algo que exaustivamente pedimos por aqui. Fluminense é clube imenso, vencedor e consequentemente complicado, precisa sempre de um comandante com passado respeitável e que consiga flutuar bem entre as questões mais complexas que sempre aparecem, notadamente nos períodos mais turbulentos e com algum hiato de conquistas. É necessário reconhecer a competência de Levir Culpi, cujo futebol da equipe melhorou exponencialmente e sem nenhuma grande adição (na verdade, até perdeu-se jogador) em relação ao elenco que dispunha Eduardo Baptista.

        Cumpre também exaltar a conquista pela participação efetiva dos jogadores formados na base. Dos nove gols da equipe na competição, apenas os dois tentos marcados por Osvaldo contra o Internacional não vieram de Xerém, mostrando que o futuro do clube está realmente na base, mesmo com os sabidos erros em algumas transições. É bacana também ver a alegria do jogador que representa a maior venda da história do clube ao se sagrar campeão pelo Fluminense, bem como dos demais garotos.

        Numa campanha tão homogênea, é complicado apontar alguém mais importante. Começando pelo gol, onde Diego Cavalieri foi fundamental nas semifinais redimindo-se fantasticamente da falha que cometera minutos antes, ou do Guerreiro Gum, jogador que no século tem conquistas similares ao somatório de Vasco e Botafogo. Perpassa pelo meio-campo, com o leão Pierre e o eficiente Cícero, este último o único a ser campeão das Copas do Brasil e da Primeira Liga pelo clube, além do incansável Gustavo Scarpa, jóia esquecida no Red Bull, mas que agora dá asas ao esquema de Culpi. E no ataque, com todos os pesares, ver Magno Alves consagrar-se como o jogador mais velho a ser campeão pelo clube na Era Profissional é indiscutivelmente histórico, bem como vibrar com o gol do muitas vezes criticado Marcos Júnior, jogador de nem sempre muita inspiração, mas de constante e inegável transpiração.

        E pode vir mais por aí. Claro que agora a disputa é num campeonato sabidamente menos lícito que a Copa da Primeira Liga, mas temos totais condições de passar pelo Botafogo, encarando de igual para igual, tanto Vasco quanto Flamengo na final. Na quarta, foi a volta olímpica e no domingo, é em Volta Redonda!

       Saudações Tricolores sempre.

19 de abril de 2016

Final da Primeira Liga

Depois de um final de semana não muito feliz para nós em termos futebolísticos, chegou a hora da redenção.

Hora de mostrar que somos pioneiros e vanguardistas.

Hora de mostrar que temos sangue nas veias e nos olhos.

Amanhã é final, e como nós gostamos de final!

Não há muitas coisas que atraiam tanto um tricolor como uma final de campeonato.

Então, seremos time e torcida juntos, estádio lotado, motivados a sermos os primeiros campeões da Primeira Liga.

E que seja o primeiro de muitos títulos dessa que pode ser a salvação dos clubes em relação às federações que por anos tem os apequenado.

Nos vemos amanhã em Juiz de Fora.

Eu, você e o Flu, predestinados para a glória!

Saudações tricolores.
Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e membro do Esperança Tricolor