30 de janeiro de 2017

Um bom começo

 Começar um campeonato ganhando é realmente muito bom. E fizemos isso duas vezes nos últimos dias, na Primeira Liga e no Carioca.
Contra o Criciuma a atuação do time foi boa, mas faltava aquela sensação de que "vai dar"... aquele gostinho de "agora vai"... aquela sensação de "vamos vencer, Nenseeee"! E isso veio ontem! Um estrondoso 3x0 em cima do outro time...

Claro que é cedo pra avaliar como se comportará o elenco, mas vamos aproveitar as vitórias, né?! Foram tão poucas ano passado que nós, torcida, fomos meio que nos afastando...
Demos espaço apenas para nosso lado racional, político, pragmático...

Depois de duas vitórias temos o direito de deixar aflorar o nosso lado torcedor! E como isso é bom!
Curtimos posts de quem quase não curtimos, retuitamos quem raramente concordamos... é o famoso "abraçar desconhecidos no estádio", só que no modo online.

Tem muita coisa pra melhorar? Tem. Mas "bora" curtir um pouco porque estávamos com saudades!

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

10 de janeiro de 2017

A profissionalização do Fluminense

Por muitos anos se tem falado em profissionalização no futebol brasileiro. Por anos e anos a fio tivemos e ainda temos diretorias totalmente amadoras em termos de gestão dos clubes.

Durante bastante tempo isso foi suficiente para que nosso futebol fosse extremamente vencedor em termos esportivos, mas sempre pairou sobre nossas cabeças a desconfiança sobre a destinação dos recursos, que se já foram escassos, hoje são consideravelmente grandes.

Para termos uma ideia, no ano passado, após alguma concorrência séria, o canal de TV detentor dos direitos de quase todos os clubes na TV aberta e de todos na TV fechada e demais mídias, ofereceu R$ 1,1 bilhão de reais aos clubes, isso é 0,5% aproximadamente do PIB da cidade do Rio de Janeiro.
Estamos falando de valores impensáveis para amadores... A quantidade de zeros assusta qualquer pessoa que nunca foi responsável por analisar a contabilidade de uma grande empresa. E essa é a morada de um dos problemas. Por vezes dirigentes mal preparados, ao verem essa quantidade absurda de zeros, julgaram serem infinitos esses recursos, ou algo perto disso.

Se você não é muito novo, é capaz de se lembrar de um dirigente da dissidência que falou em alto e bom som para quem quisesse ouvir, em uma coletiva:
- Acabou o dinheiro! Não tem mais dinheiro.

Como isso acontece em um clube notadamente auxiliado pelo canal de tv supracitado? Má gestão, obviamente.

E se isso pode acontecer com eles, é muito mais provável que aconteça conosco.

Então a gestão dos clubes de futebol tem estado em foco. Lá fora isso é praxe, aqui ainda é inovação.
Os clubes com menores receitas precisam se profissionalizar o quanto antes, a margem de erro é muito pequena para se manter competitivo.

É aí que aparece o nosso Fluminense. Um clube tão maltratado pelas últimas gestões que nesse momento de negociações se vê numa posição desconfortável. Primeiro precisa reduzir suas despesas para depois investir.

Só que o mercado é dinâmico, ele não espera... A torcida está ávida por novidades.

Como se comporta o clube que não pode errar?

O clube que não pode errar, entre outras coisas, não pode:

- apostar em jogador machucado, mesmo sendo ídolo (pelo menos até outro dia era);
- contratar um atacante antes de negociar o que já está no elenco;
- aceitar qualquer oferta de fornecedor sem antes estudar bastante o mercado e as possibilidades;
- oferecer para uma promessa salário de jogador já testado e aprovado;
- prescindir do engajamento de sua torcida;
- mostrar sinais de fraqueza no mercado.

Todas essas análises devem ser discutidas por um comitê gestor, como nas grandes empresas acostumadas com grandes orçamentos.

O caminho para o Fluminense é mais penoso, o cobertor é curto, mas o benefício de um acerto agora é a ruptura com o velho modelo, com as falácias, com os pensamentos mágicos, com os orçamentos de faz de conta... e é o compromisso com o Fluminense de agora, de amanhã e de sempre.

Você pode fazer parte disso.

Uma torcida engajada pode elevar em quase 50% o orçamento do Fluminense.
Uma torcida engajada atrai potenciais fornecedores, patrocinadores e parceiros.
O Fluminense precisa tanto da Torcida quanto da gestão profissional, juntos seguiremos em condições de competir e disputar títulos.

Vem com a gente.

Daniel Anunciação
Sócio Contribuinte e Membro do Esperança Tricolor

9 de janeiro de 2017

Um novo horizonte: planejar é preciso

Estimados Tricolores,

Feliz 2017! Esperamos a apresentação do elenco para fazer nosso primeiro texto do ano. Temos acompanhado as redes sociais e entendemos a ansiedade e insatisfação dos torcedores em relação à nova gestão que começou em 20/12/2016. Somos parte da base de apoio e por isso temos a obrigação de esclarecer o que seja possível dentro da confidencialidade que se exige em alguns temas. A eleição acabou, portanto não vamos discutir o que passou.

Dito isso, comentaremos o início da gestão. Pelo formato definido, dentro da união proposta, a chapa Somos Fluminense indicou as VPs Geral, de Marketing, Social, Financeira e Governança Corporativa, e isso faz com que a gestão tenha uma cara nova apesar de ser a candidatura considerada da situação. E ter uma cara nova, exige mudanças de pensamentos e maneira de operar. A primeira é entender a situação do clube. Revisar contas, revisar as finanças, revisar contratos e saber o que o clube pode ou não fazer. Em tempos de Profut não existe mais espaço para gestões temerárias que pagam fortunas a jogadores ou comprometem o orçamento do clube, sem saber se poderão honrar seus compromissos. Se queremos construir o Fluminense do futuro, precisamos ser responsáveis. E isso passa por planejar e executar algo que se possa cumprir, sem deixar de respeitar a grandeza e a história do Fluminense.

Como dissemos no início, entendemos a ansiedade do torcedor. Fazemos parte dela. Convivemos com ela todos os dias. Mas é preciso entender o momento. A situação do clube é complicada, ainda estamos longe de ter dinheiro sobrando e nossa perspectiva de receita é grande mas nada que se compare a outros clubes. E aqui chegamos ao primeiro desafio: a responsabilidade de equilibrar as receitas do clube não é obrigação do torcedor. Ele é parte do processo mas o grande responsável somos nós que estamos na gestão. E exatamente isso que está sendo feito. O clube precisa organizar o marketing, encontrar fontes de receitas, atrair o torcedor, contratar jogadores, investir nos Esportes Olímpicos resgatando nossa tradição, implementar novas regras de governança e principalmente, investir no seu futuro. Sem querer mencionar, mas exatamente o que foi feito na dissidência. Sabemos que um clube grande não aguenta ficar 3 anos sem disputar títulos mas a realidade atual é que é necessário ter os pés no chão. 

O nosso torcedor tem todo o direito de reclamar mas também pode fazer parte do processo de reestruturação do clube. Numa conta rápida, se 200 mil torcedores contribuíssem com R$30,00 mensais, o clube teria uma receita de R$6 milhões, chegando a R$72 milhões no ano. Imaginem o salto de qualidade que o clube daria com isso? Nosso potencial hoje é de gerar 200 milhões de receitas anuais considerando todas as fontes possíveis (patrocinador master, de material, bilheterias, TV, marketing e sócios). Poderíamos aumentar esse potencial quase 50% somente com o apoio do torcedor.

Só que o torcedor vive no dilema do ovo e da galinha: se baseia no resultado e no time. Se o clube disputa títulos e tem craques, todos querem participar. Mas na dificuldade...
Respeitando as necessidades e prioridades de cada um, além do momento financeiro do país, será que no nosso universo de torcedores não podemos encontrar 200 mil que possam contribuir com R$30,00 por mês? Cabe ao clube encontrar maneiras de atrair o torcedor e isso que está sendo feito. Infelizmente não na velocidade que se esperava mas não existe ninguém enrolando.

Sobre o futebol a prioridade deve ser enxugar o elenco. Já foram dispensados ou negociados 22 jogadores. Um elenco inteiro. Não adianta ficar discutindo quem foi o culpado ou porque o clube tem tantos ou certos jogadores. Nem porque os salários são os que estão sendo pagos. O que precisamos fazer é focar em como reorganizar o elenco e economizar para poder reforçar. Não podemos ser irresponsáveis e investir desordenadamente. O profut não permite dívidas novas e na situação encontrada no futebol é necessário primeiro arrumar a casa. Portanto afirmamos que estamos de acordo com o planejamento executado no futebol até o momento. Primeiro dispensar e economizar. Depois investir a longo prazo e com inteligência, sem gastar com jogadores que não vão agregar. Entre trazer um suposto experiente que apenas onerará a folha, é melhor investir num garoto da base. Simples como sempre foi feito pelo Fluminense em toda sua história até 1995.

Talvez não seja isso que o torcedor esperasse mas essa é a realidade. Agora o foco é arrumar a casa e dentro do possível, montar um elenco que possa nos defender com honra e dignidade. Ninguém está jogando a toalha ou desistindo. Mas precisamos nesse momento de menos gente atirando pedras e mais gente apoiando. Que as pessoas esqueçam suas rixas pessoais, suas birras, suas implicâncias do passado. Sem união o Fluminense não sobreviverá. Nosso sonho e já fizemos contatos com diversas lideranças de grupos políticos, é unir integralmente o clube. De nada serve somente criticar sem apresentar sugestões. Queremos que todos sejam vidraça.

Esperança Tricolor