4 de agosto de 2015

Transparência é o nome do jogo.

Estimados tricolores,


A tão falada MP do Futebol traz um grande benefício para nosso esporte: Exigir que os clubes sigam as boas práticas de gestão. Isso significa em resumo transparência administrativa. E com essa transparência nosso futebol atrairá empresas, hoje refratárias a investir justamente por não termos essas boas práticas de gestão. E atraindo grandes investidores, ganhamos todos, clubes, torcedores, imprensa e patrocinadores pois o nível, péssimo hoje em dia, deve melhorar e a tendência é termos equipes e campeonatos cada vez mais fortes.

Para que isso aconteça obviamente os clubes precisarão de gestores que queiram e saibam implementar essas boas práticas. Governança corporativa, auditorias periódicas, processos claros e transparência são suas principais componentes. A atual gestão do nosso Fluminense ainda engatinha nessa direção. Há de se reconhecer os esforços para que tenhamos um balanço mais claro, apesar de algumas decisões tomadas serem questionáveis. Mas pelo menos se percebe o avanço. Justo reconhecer.

E agora temos uma situação complexa que serve de exemplo do que seria uma boa gestão: a negociação do jogador Gerson. As especulações na imprensa e nas redes sociais são grandes. E resumidamente existem duas dúvidas: o valor que será pago e se a tal "taxa" de prioridade terá que ser devolvida em caso de venda para outro clube que não o Barcelona. E se for o Barcelona, se esse pagamento de prioridade estará incluído nos valores divulgados.

Alguns certamente dirão: "Mas isso é problema do clube, não tem que informar nada." Errado. Ser transparente exige clareza nas negociações. Há uma grande diferença entre vender o Gérson por 12 milhões de euros como publicado hoje pelo catalão Sport ou por 20 milhões de euros como publicado por sites e jornais tais como Globo.com, Lance, UOL, Marca e Esporte Interativo e nunca questionado ou desmentido pela diretoria. Num clube que aprova um déficit no seu orçamento de 2015 na ordem de 40 milhões de reais, 8 milhões de euros ou 30 milhões de reais, importam sim. E o sócio que paga suas mensalidades em dia tem o direito de saber.

O jogador Gerson ainda é um garoto. Com 18 anos ainda vai evoluir muito. E joga numa posição carente mundialmente. Poucos são os "10" habilidosos por aí. Sinceramente nós manteríamos o garoto por mais 3 anos no clube. Um risco? Sim, mas no caso do Neymar esse risco funcionou. O Gerson de hoje é acomodado, displicente e desinteressado. Mas isso é parte do processo em que está metido e da volúpia de seu pai, além claro da oscilação natural da idade e da sua utilização aberto pela ponta dentro do esquema proposto por nosso treinador (o Gérson funcionaria melhor vindo pelo meio de frente para o gol e os atacantes).

Dito isso, não criticamos sua venda. Entendemos as razões do clube. O que esperamos da gestão Peter é que informe de maneira transparente os detalhes da transação e que aplique de maneira coerente os recursos advindos dela. Se lembrem do caso Neymar e Barcelona e toda celeuma causada pelos valores. Não queremos isso para o Fluminense.

Esperança Tricolor

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