11 de dezembro de 2015

Temos que ser "positivos"...

Esperançosos Tricolores,


Findado o ano de 2015, a primeira sensação é de alívio. Graças a algumas vitórias santas no primeiro turno, notadamente contra Goiás, Atlético-PR e Cruzeiro, os pontos acumulados na primeira metade no campeonato mantiveram-nos na divisão principal do futebol brasileiro em 2016. Cumpre lembrar que no total do Brasileirão somamos 47 pontos, apenas um a mais do que em 2013, quando escapamos de um gigante vexame em virtude das até hoje enigmáticas escalações dos atletas André Santos e Héverton.

Mas indiscutivelmente o ano foi um desastre sob uma série de aspectos, ainda que nosso Presidente honorário e VP de futebol com honorários classifique o período como algo positivo. Num campeonato estadual tecnicamente fraco (o Vasco foi campeão) e ainda que prejudicado pela Federação, tivemos pífia participação com a já tradicional dificuldade contra clubes de menor investimento bem como derrotas para todos os rivais, outra marca da gestão atual. Voltando ao Campeonato Brasileiro tivemos um bom início após o fim do estágio do simpático Ricardo Drubscky, mas infelizmente Enderson Moreira perdeu a mão ao ter que lidar com atrasos de salários, crises políticas e Ronaldinho Gaúcho, culminando também com excessos do treinador em Joinville e posteriormente em episódio mal explicado ocorrido após o jogo contra o Corinthians em São Paulo.

A grande exceção foi a Copa do Brasil, em que apesar de só termos vencido três partidas éramos para estar na final, operados por erros crassos nos dois confrontos contra o Palmeiras. O que cabe mencionar é que dentre os quatro semifinalistas o Fluminense era o único membro da Liga Primeira (que periga nem mais acontecer), em mais uma manobra pouco inteligente da Gestão Siemsen, não no que diz respeito a participar, mas sim anunciar um movimento polêmico com uma fase final por disputar de um torneio organizado exatamente pela CBF.

Cristóvão Borges, Drubscky, Enderson e por último, Eduardo Baptista. Quatro treinadores no mesmo ano, sendo que o primeiro foi mantido com grande objeção dos torcedores e o segundo foi uma escolha em que não se consegue encontrar nenhuma lógica. Como dito acima, o time até deu liga com Enderson mas sua situação ficou insustentável depois que implodiu o vestiário. Por fim, mais uma aposta para finalizar o ano, dessa vez num treinador que parece ser adepto de novas experimentações e invencionices.

Com relação às contratações, definitivamente foi um ano para esquecer. Excetuando-se Vinícius (bom jogador, mas aparentemente bastante problemático), Giovanni (contundido após alguns jogos) e Pierre (sem grande brilho, mas eficiente), realmente fica complicado entender o critério para contratações utilizado pelos mandatários atuais. Apostar em Magno Alves com quase 40 anos, num inacreditável revival de péssimo gosto, serviu apenas para lembrarmos da Série C a cada toque na bola do jogador. Wellington Paulista protagonizou a cena que reflete bem o ano de 2015, naquele abraço hediondo no nosso VP de futebol, enquanto pérolas como João Filipe, Victor Oliveira, Lucas Gomes, Renato (veio antes, mas só estreou durante o ano), Antônio Carlos, Marlone, Breno Lopes (o que é Breno Lopes?) também envergaram o manto tricolor. É verdade que apostas válidas como Oswaldo e principalmente Ronaldinho Gaúcho decepcionaram ao extremo, mas nada que atenue a culpa da nossa gestão do futebol e do tão decantado mecanismo de scouts.

Fora das quatro linhas a coisa funcionou melhor, com o bom trabalho de Xerém coroado com um título nacional e duas negociações cujos valores anunciados podem ser considerados bons (no caso do Gérson, muito bom), ainda que sempre existam as costumeiras confusões monetárias da gestão atual, como no caso da tão alardeada prioridade garantida que na verdade era um adiantamento para o caso do Barcelona realmente exercer a compra. O CT parece caminhar bem, claramente mais por uma iniciativa personalizada do que propriamente um ato de gestão, mas os termos do retorno dos valores investidos nos causam preocupação, já que tudo é um tanto obscuro. E o próprio Sócio-Torcedor deu uma pequena alavancada, turbinado talvez pela empolgação quando da vinda de Ronaldinho, ainda que o programa se mostre bastante efêmero.

E por último, mesmo com o campeonato terminado os movimentos confusos continuam. Ao invés de retornar para o Fluminense, Biro-Biro seguirá para a China após bom Brasileiro pela Ponte Preta, por valores ainda desconhecidos. O Esperança Tricolor não é oportunista e sabe que evidentemente o atleta não seria a solução dos nossos problemas, mas entende que poderia ser viável dar uma chance ao jogador, gerando mais uma opção de velocidade para subsidiar Fred. Aliás, a negociação do atleta nos renderá um aparente promissor atleta sub-15, o qual torcemos para dar certo.

Por fim, como foi publicado em vários sites que publicam notícias sobre o Fluminense e em redes sociais, cabe ressaltar que o jogador é assessorado pela empresa Bloom Sports (de propriedade do Presidente do Nova Iguaçu), cuja assessoria jurídica é prestada pelo escritório Bittencourt & Barbosa, banca que tem como um dos sócios o nosso VP Mário Bittencourt. Como sabidamente o referido escritório presta serviços também para o Fluminense, o contrato do atleta pode ter sido analisado pelo mesmo CNPJ, tanto na visão "empregador" quanto na visão "prestador de serviços". E ainda sobre o empregador, o mesmo Bittencourt responde pelo futebol, numa situação claramente evitável e desnecessária.

Mas acreditamos na força do clube e no potencial inesgotável da instituição e dos seus torcedores. Cremos sim num 2016 extremamente positivo, torcendo por conquistas e por bons ambientes dentro e fora das quatro linhas. Muito mais do que integrantes de um grupo político, nós somos fanáticos pelo Fluminense Football Club e isso está de modo irretratável e irrevogável acima de qualquer outra questão.

Saudações Tricolores!!!


Esperança Tricolor

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