19 de junho de 2015

Matheus Carvalho

Em meio a busca por jogadores para fazer o lado de campo, lembramos de checar a situação de Matheus Carvalho, artilheiro na base que chegou até a disputar jogos de oitavas e de quartas da última Champions League pelo clube francês AC Monaco.

Analisando os trâmites, foi constatado que o atleta foi DISPENSADO pelo Fluminense, contratado pelo Atlético da Barra e posteriormente emprestado ao Monaco até o fim de junho, num movimento aparentemente concatenado. Caso ao fim do empréstimo, o clube do Principado resolver ficar com Matheus Carvalho, a grana vai para o Atlético da Barra, o que soa inacreditável.

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Segundo matéria do SRZD, o clube é do empresário Adílson de Oliveira Coutinho Filho que "é um homem ligado não só à construção civil, mas também às máquinas caça-níqueis. Em 2009, suas ligações telefônicas foram rastreadas pela "Operação Furacão" da Polícia Federal. Na época, Adílson era apontado como sendo o braço direito do bicheiro Jaime Garcia Dias.

Em 2011, a "Operação Dedo de Deus" da Polícia Civil bateu na casa de Adílson, na Barra da Tijuca. Tinham informação que ali eram guardados os lucros de uma quadrilha do jogo do bicho, chefiada por seu tio, o presidente da Escola de Samba Grande Rio, Hélio de Oliveira, o Helinho.

Para resumir a história: a polícia apreendeu no apartamento de Adílson o valor total de R$ 3 milhões e 974 mil reais, que estava escondido em paredes falsas e até mesmo no sistema de esgoto do prédio.

A Justiça Federal da 2ª Região condenou Adílson, em 18 de dezembro de 2012, a 3 anos e seis meses de reclusão.

No entanto, beneficiado pelo artigo 44 do código penal, Adílson nem precisou se preocupar. Não iria ficar trancafiado. Era réu primário e não tinha antecedentes. Pagou multa de cinco salários mínimos. Ou seja, está livre para presidir seu time, vestir a camisa do Barra da Tijuca e marcar seus golzinhos no último minuto das partidas.

Não fosse o fato de realmente calçar as chuteiras e entrar em campo, Adílson não estaria fazendo nada de diferente. Estaria apenas seguindo as pegadas de Castor de Andrade (no Bangu), Carlinhos Maracanã (no Madureira), Luisinho Drummond (no Bonsucesso) e Emil Pinheiro (no Botafogo), que por anos, misturaram o dinheiro da contravenção com o futebol profissional."

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