15 de abril de 2015

Tirando suas dúvidas

Caríssimos tricolores,
Tenho sido muito questionado por algumas pessoas que acessam minhas redes sociais sobre determinados posicionamentos. Então decidi escrever esse texto para que não fiquem dúvidas sobre eles.

Primeiro com relação a minha pré candidatura. Como o próprio nome já define, não sou candidato a presidência do FFC. Sou pré candidato. E porque? Porque lançar 2 anos antes? Simples, para abrir o debate de uma alternativa de poder. A maior crítica que se lia nas redes sociais na última eleição era sobre a falta de um líder oposicionista e a falta de um projeto sério que não se limitasse a criticar mas sim propusesse soluções aos problemas e desafios do clube. Pois bem, criei um novo grupo, me apresentei como pré candidato e publicamos em redes sociais, além de fazer uma reunião aberta, nosso planejamento completo.

E o que aconteceu? Fui criticado. Ora, o que querem? Que não haja oposição? Que o Peter e seu grupo se perpetuem no poder? Por mim não haveria problemas desde que tivéssemos uma administração que atuasse eficientemente em todos os pontos que considero importante. E quais são eles? Me baseio em 3 pilares: Futebol, Esportes Olímpicos e Social. Não abro mão do foco de atenção nesses 3 pontos, sustentados por um programa sério de Governança Corporativa (incluindo auditorias e processos internos claros) e Responsabilidade Financeira (inclui orçamento transparente, pagamentos e receitas). E não vejo a atual administração tendo uma atuação nesses três pilares da maneira que imagino correta. Então, não posso pactuar com a eternização no poder desse grupo. Além disso a alternância de poder é igualmente sana para a sociedade. Ter um rodízio de linhas de pensamento, desde que focadas no bem maior e com o objetivo de sempre melhorar o FFC, é importante para a evolução do clube. E isso vale para qualquer grupo sério que pleteie o poder.

Como disse na última reunião aberta, não pretendo ser o líder da oposição e sim um dos líderes. Pretendo ver a oposição unida em torno de um projeto claro, um planejamento sério, sem interesses pessoais e sem vaidades. Um grupo que se preocupe com o FFC e as coisas que o cercam. Um grupo que tenha o “olhar do dono”, que se preocupe com os detalhes e trate o Clube, o Futebol e os Esportes Olímpicos com a atenção devida. Se eu tiver que não ser o candidato, já fico feliz em ter ajudado ao debate, em ter colaborado com uma planejamento claro e profissional e apoiarei qualquer um que seja melhor do que eu nesse momento, dentro do que penso que o FFC precisa. Inclusive se o grupo de apoio ao presidente quiser copiar ideias lançadas por nós, como já fizeram, bem vindos. Tudo pelo melhor ao Fluminense.

Sobre como me posicionaria com relação a Federações, CBF e co-irmãos falarei de maneira clara. O Fluminense está acima de meus interesses pessoais e de minhas convicções. Nunca permitirei que o clube seja prejudicado, perseguido ou humilhado nem internamente nem externamente. Se alguém ou alguma entidade tiver posturas que prejudiquem o clube, serei o primeiro a defendê-lo dando a cara a tapa e liderando. Mas isso não quer dizer que eu não vá tentar o acordo e o apaziguamento. Discutir faz parte da vida. Mas ter bom senso e tratar a todos com respeito é parte obrigatória do que se chama “liturgia do cargo”. Todas as conversas seriam feitas por mim antes da competição começar. E não alguns dias antes lançar a nota “apesar de você”. Mostraria o contrato do Maracanã e não entraria em campo no Engenhão contra o Vasco.

Futebol é um esporte mas também é um negócio de entretenimento que mexe com paixões. E como tem sentimentos e emoções envolvidas, é preciso ter discernimento e equilíbrio nas relações. Eu não acredito em brigas entre presidentes. Para isso existem as equipes. O presidente é sempre a última recorrência. O que é chamado quando não há nenhum acordo entre as partes. E dentro da liturgia do cargo, cabe à ele ter as portas abertas com todos os atores que permeiam o futebol. Não confundir ter portas abertas em ser omisso e frouxo. Mas é preciso saber fazer, olhar no olho e ter a confiança e respeito do seu interlocutor. Meu pai foi assim como dirigente do Fluminense e assim serei eu.

A briga entre nosso clube e a FERJ e co-irmãos até agora não trouxe nenhum benefício ao clube. Ao contrário, fomos prejudicados em tudo. Já o nosso suposto aliado segue sendo beneficiado quer seja em campo, quer seja fora dele, já que o próprio acordo do Maracanã foi usado como referência. Então, pergunto aos que me questionam: o que ganhamos com isso? O que ganhamos com as notas? Qual foi o resultado prático das nossas notas e entrevistas? Bravatas e aplausos dos torcedores?

Com relação a liga: Não apóio, nem critico. Mas acho que é uma solução que deve ser buscada como última opção caso os pontos acima não sejam cumpridos. O FFC sempre foi um líder do futebol e um clube respeitado. Temos que focar nisso. O que queremos? Quais os nossos objetivos? Como usaremos o negócio entretenimento em benefício da eternização e crescimento do clube? Como fonte de receitas? A Liga é a solução esportiva e financeira? Como? Por enquanto tenho visto discursos e bravatas  e não um plano efetivo que mostre que será melhor. A FERJ tem atuado equivocadamente com relação ao FFC? Sim. Mas será o problema da FERJ o FFC ou as pessoas que o lideram? Como disse, o presidente tem que ser participativo, presente e interessado. Pergunto: quantas vezes na semana o Peter vai ao clube? Ele sabe como está a limpeza dos toldos, dos banheiros, a conservação do mesmo? Como criticar aos outros sendo ausente e omisso?

O futebol é nosso carro chefe. Penso primeiro em integrar totalmente a base com o profissional não somente com treinos ou promoção de atletas da base, mas sim com a implantação de uma filosofia única de trabalho que defina inclusive um esquema único que respeite as tradições e maneira de atuar do Fluminense. O CT profissional numa eventual gestão minha seria em Xerém. Temos terreno suficiente para isso e não vejo nenhum problema em que os atletas se desloquem para lá. Formaria um elenco balanceado combinando experiências, idades, históricos de lesões e títulos, habilidades e características, respeitando a filosofia única de trabalho. Teria um elenco com 30 atletas sendo cerca de 50% oriundos da base e 50% com mais rodagem. Manteria o elenco e o treinador por 1,5 anos e após esse período reformularia e ajustaria o mesmo de acordo com os resultados. Teria uma comissão técnica permanente e o treinador traria somente um auxiliar. Contrataria para diretor de Futebol pessoas com experiência no futebol, ex jogadores ou treinadores com boa formação e preparados (exemplo alguém com a formação e experiência do Parreira como diretor de Futebol) e não colocaria jamais pessoas como o Fernando Simone e o Mário Bittencourt a frente do futebol. E não porque sejam pessoas más ou qualquer outro juízo de valor. Mas sim porque não são especialistas na função. Não tem conhecimento e isso se reflete nas péssimas apostas e no equívoco que divulgam como o máximo, que é a famosa equipe de scouts, amadora e sem ferramentas profissionais.

Percebo que as pessoas vivem num mundo virtual e não conhecem a realidade. É muito fácil criar uma personagem nas redes sociais e passar a viver nesse mundo. Eu não faço isso. Eu gosto de ir ao clube. Vou desde que sou criança e o FFC é minha vida não só no futebol ou no Maracanã, mas também nas Laranjeiras. Gosto de ir ao clube no final de semana com minha família, tenho vários amigos no clube e como disse não existe FFC para mim sem os 3 pilares: Futebol, Social e Esportes Olímpicos. Infelizmente essa atual administração não se preocupa com isso. Eu me preocuparia se fosse o presidente

André Horta
Membro do Esperança Tricolor

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