20 de maio de 2015

Sobre Drubskys, Simones e afins

Estimados tricolores,

Como sugerimos na segunda feira, o treinador Ricardo Drubscky foi demitido hoje. Nos cabe esclarecer nossa posição para evitar mal entendidos.

O Fluminense não é um clube mediano. Muita gente, talvez impulsionada pela década de 90, se desacostumou a ver o Fluminense disputando títulos. O Fluminense é gigante e não aquele clube/time de 96,97 e 98. Os que julgam o clube por esse período desconhecem sua história. Um clube do nosso tamanho nunca pode entrar numa competição, qualquer que seja, com o objetivo menor do que ser campeão. Temos a obrigação de entrar preparados para isso e de poder bater no peito dizendo que seremos campeões.

Isso exige planejamento sério. E planejamento sério não demite 2 treinadores em 5 meses. Aqui dirão: “ué, incoerência. Vocês não falavam que o Ricardo deveria ser demitido?”. Explicamos. Tanto o Cristovão como o Ricardo não deveriam nem ter sido contratados. Não tem currículo, força e competência para treinar um clube do tamanho do Fluminense. Talvez no futuro o Cristovão consiga subir de patamar. Mas hoje não é o que precisamos.

E porque? Porque o FFC é um clube complicado. O ambiente interno, e aqui não falamos da oposição ou de política, é sempre conturbado. Nossa torcida é impaciente, critica e exigente. Talvez pelo nível do nosso torcedor, temos esse perfil. E isso faz com que nosso treinador tenha que ser um sujeito cascudo. Com capa grossa para aguentar a pressão.

Além disso, numa situação de desafios financeiros, a opção de combinação tem que sempre ser treinador forte para grupo medíocre e não treinador medíocre para grupo medíocre, pior combinação possível.

Seguimos com o pensamento de que o Fluminense não tem problema de dinheiro. O Fluminense usa mal os recursos que tem. Com o mesmo orçamento atual seria possível montar um grupo melhor. Mas para isso não podemos nos sujeitar as vontades de empresários nem de jogadores. A diretoria de futebol tem que ser inteligente, criativa e ousada. Ousadia é algo que falta e muito no nosso clube. Se esquecem do nosso tamanho e da nossa força.

E aqui voltamos a demissão de treinadores. O FFC é um clube que deve ter treinadores como Muricy, Abel, Cuca. Treinadores de ponta. O nível interno é péssimo. Temos um campeonato cada vez pior e com menos qualidade técnica. Nosso elenco atual é de regular para péssimo. Mas com um treinador forte pode pelo menos fazer um bom papel em campo. E quando falamos em treinador não podemos esquecer da comissão técnica. O FFC precisa ter uma CT permanente que não inclua somente o Marcão. Investir em nomes de qualidade é obrigação não é favor. Deveríamos ter um preparador físico do porte do Paulo Paixão ou do do Fabio Mahseredjian. Um preparador de goleiros como o Carlos Pracidelli. Isso é Fluminense! Esse é o Fluminense histórico.

É fácil? Claro que não. Se fosse não precisaríamos de uma diretoria profissional. E o futebol seria chamado de esporte amador. A diretoria tem que ser ousada e criativa. Busque patrocínios para isso. Converse com a Frescatto e proponha um novo pacote voltado para o treinador e uma CT permanente. Proponha algo a torcida. Faça crowdfunding. Tem que tentar. Ficar dizendo que não tem dinheiro não resolve os problemas. Lamentar nunca foi solução para nada.

Já que a diretoria tomou a decisão de agir e demitir o treinador, esperamos que siga com as ações e mate o mal pela raiz:

- Fernando Simone tem que ser demitido ou devolvido a Xerém. Não é preparado para dirigir nosso futebol. Não tem conhecimentos básicos e isso ficou claro com a montagem do atual elenco.

- De igual maneira o Mario Bittencourt deve regressar a sua especialidade. Os tribunais. Também não tem preparo para o cargo que exerce. E ainda não respondeu a acusação do presidente do Madureira, o que o desqualifica ainda mais para o cargo. Ele precisa se defender e atacar a acusação gravíssima feita pelo Elias Duba. Enquanto não o fizer, não pode ocupar tal cargo.

- Revisão geral do elenco. Jogadores como João Filipe, Victor Oliveira, Giovanni, Vinícius, Marlone e Lucas Gomes já demonstraram que não tem nível para vestir nossa camisa.

- Contratação de um treinador de verdade. Como? Já dissemos acima. Ousem, sejam criativos. Não se escondam no discurso de que não tem dinheiro. Trazer Dorival, Enderson ou Argel não vai resolver nosso problema.

Radical? Talvez. Mas preferimos que sejam radicais agora, arrumem a casa, terminemos o ano com dignidade e comecemos 2016 com tudo em ordem. Ou então em Agosto estaremos outra vez discutindo e especulando nomes de treinadores...

Esperança Tricolor

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