29 de agosto de 2016

O ocaso de uma gestão

O jogador Jean foi um dos grandes nomes do elenco que nos deu um título brasileiro de maneira antecipada. Uma equipe que conseguiu em 2012 juntar craques de primeira linha e que, mesmo com alguns sufocos e "goleadas" por 1 x 0, atropelou seus concorrentes e nos trouxe o tetracampeonato.

Esse mesmo Jean ontem nos mostrou o que é a atual gestão do clube e do nosso futebol.  Enquanto jogador tricolor Jean se negava a jogar de lateral direito. E essa era nossa maior carência, aliás continua sendo. Se dizia que Jean poderia até mesmo postular uma vaga na seleção da Copa de 2014 caso aceitasse ajudar e se deslocasse para lateral. Mas ele era intransigente. Dizia que era volante e não jogaria na lateral.

Pois no Palmeiras como por milagre, ele aceitou e ontem fez uma partida muito boa marcando inclusive um golaço. Mas o que mudou? A idade talvez. Numa equipe em que os jogadores marcam pressão e adiantados quase o tempo todo e saem em velocidade pro ataque, talvez Jean no meio não conseguisse dar a mesma dinâmica ao jogo que dão seus concorrentes. Mas mesmo de lateral, Jean correu, marcou, atacou e fez gol. De lateral. Porque no atual Palmeiras há comando no futebol. Quem manda no clube é um presidente presente, uma diretoria de pulso e uma CT de verdade, liderada por um Cuca mais amadurecido e seguro.

Enquanto isso temos uma gestão de futebol e de clube amadora, mambembe, que não entende ainda, mesmo depois de 6 anos no comando, como funciona um clube da grandeza e da história do Fluminense. Uma gestão arrogante e ao mesmo tempo que mediocriza um gigante do futebol mundial. Que se conforma em disputar o G10 e que no meio do brasileiro libera seu maior jogador, trazendo para seu lugar um outro muito inferior e com o mesmo custo. O Fred era um problema? Sim. Mas era um problema porque via no clube uma gestão fraca e omissa. E se era um problema fora do campo, dentro resolvia. E o Fluminense deve estar acima de interesses pessoais ou birras.

A péssima gestão do futebol se traduz no que vemos hoje. Um elenco formado no meio de um torneio, com jogadores fora de forma técnica por estarem no seu começo de temporada, casos do Marquinho, Aquino e Danilinho. Sem esquecer da promessa paraguaia que agora descobrem que precisa de reforço muscular para jogar e da aposta de 10 milhões que não joga e não faz gol. Aposta apoiada por todos mas que até agora não disse a que veio.

Vender o jogo para gerar caixa foi um dos nossos problemas ontem. É certo que esse time só tem uma chance de ganhar seus jogos que é jogando em casa com a torcida empurrando. Temos um elenco sofrível e uma equipe mal preparada. Mas somemos a isso um problema tão grave quanto: planejamento do futebol. Como esperar planejamento de um presidente que não ia a jogos antes, parece não ser fanático por futebol e é apoiado por um grupo bom de teclado e redes sociais mas péssimo de gestão esportiva?

Graças a Deus e pelo bem do Fluminense isso está acabando. À nós fanáticos que sofremos com as derrotas do nosso Fluminense, nos resta torcer pelos 46 pontos, por ajuda dos céus na Copa do Brasil e que em novembro nos livremos de uma vez dessa gestão marqueteira, amorfa e que não tem Fluminense nas veias.

Esperança Tricolor

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