21 de março de 2015

Prestação de contas

Estimados tricolores,

Dada a nota divulgada pelo nosso VP de Futebol, Dr. Mario Bittencourt, nos cabe postar dois textos em seguida. Para não esquecermos de comentar nada, falaremos de cada parágrafo do citado texto. No entanto, antes de mais nada, nos cabe dizer algumas coisas.

Primeiro consideramos o Dr. Mario, em princípio, uma pessoa do bem e no atual cenário de abandono implementado pela atual administração, um dos poucos que coloca a cara a tapa e participa ativamente da vida do clube. Entendemos que seu sonho interno é assumir a presidência do clube e por consequência tem se dedicado acima do normal, o que é louvável e reconhecido por nosso grupo.

Dito isso, esclarecemos que nosso grupo tem por norte a defesa intransigente do Fluminense. Ao contrário do que afirma a nota, não existem verdadeiros tricolores ou falsos tricolores. Todos compartilhamos da mesma paixão e queremos o bem do clube.  Esse tipo de discussão sobre quem são os verdadeiros tricolores é torpe e arrogante. Não entraremos nesse mérito.

Dando sequência, que ótimo que o Dr Mario tem uma estrutura, incluindo um sócio, advogados e estagiários, dedicados ao clube. Ótimo saber que podemos contar com dito apoio. Mas como tricolores, verdadeiros diga-se, nos cabe sim questionar esse contrato. Quantos clubes da primeira divisão, falidos, investem tanto em advogados? Somente o Flu tem processos? Será realmente que precisamos disso?

Uma afirmação curiosa da nota é de que houve cunho político na denúncia. Nos cabe esclarecer que se houve, não foi do Grupo Esperança Tricolor. Nosso grupo apoia intransigentemente qualquer ato feito em benefício do clube. E sempre, sendo situação ou oposição, questionará quando houver dúvidas com relação a qualquer atitude tomada por membros da direção do clube. Não, não vestimos a carapuça, até porque não denunciamos nada nem vazamos nada para imprensa. A pergunta importante é: será que foi alguém da oposição? E se foi, que oposição? A oposição oposição ou a oposição situação? Interessante pensar. Afirmamos: Nós que somos OPOSIÇÃO OPOSIÇÃO, não fomos. Mas exigimos explicações aos poderes do clube sobre os contratos referidos e a questão orçamentária.

Seguindo a nota do Dr. Mario, comentamos a questão da sua dedicação, 70% do seu tempo de forma graciosa ao departamento de futebol do Fluminense, frise- se, pagando todas as suas despesas do bolso. Esse é um excelente tema a debater. A posição do nosso grupo é de que tanto o presidente como os vice presidentes deveriam ser remunerados, exatamente para poderem dedicar-se ao clube. Mas o estatuto atual não é claro sobre isso e segundo interpretação vigente, não permite a remuneração para esses cargos. Pela nota divulgada na imprensa e em redes sociais, há uma relação disso com os impostos pagos pelo clube. Ou seja, se conclui que se um dos VPs for remunerado, o clube acaba penalizado. Aqui abrimos duas discussões.

A primeira, que não fica clara na nota do Dr. Mario, é se sua dedicação, 70% do seu tempo, é possível porque ele tem toda uma estrutura trabalhando para o clube ou se essa dedicação, gratuita, é fruto dos valores, públicos aos conselheiros, percebidos com o contrato assinado com o clube. Sem entrar no mérito de competências, nós afirmamos que recebendo os valores informados, também nos dedicaríamos ao clube, não somente 70% mas 190% do nosso tempo. A remuneração informada é de primeiro mundo e suficiente para qualquer um se manter. Aliás, arriscaríamos dizer que 90% da população não tem essa renda anual ou acesso à.

A segunda discussão é sobre o conflito ético. Ótimo saber que existem pareceres a favor da acumulação da função de VP e remuneração paralela para outra função. Mas perguntamos outra vez: isso é ético? E porque não seria? Porque o futebol é o carro chefe do clube e principal fonte de temas jurídicos mais importantes, desde contratos trabalhistas, rescisões e assuntos de tribunais, como vimos no caso Lusa. Então sendo o VP de futebol o responsável jurídico, há conflitos? E não questionamos a competência nem a lisura do Dr. Mario ou de seu escritório. Mas é aquele caso, precisa abrir precedente?

Não achamos a discussão nem velha, não é maldosa e nem fraca de argumentos.

Logo depois a nota do Dr.Mario fala sobre o questionamento a comissão comprometida para o intermediário que conseguiu o contrato com a Vitton. A primeira pergunta é: precisava de intermediário, recebendo quase 3 milhões em comissão, para conseguir um patrocinador, que já patrocina clubes até de menos expressão e com menos exposição por ter jogadores menos famosos, para um clube como o Fluminense? Cabe pensar sim. E mais. Como se assina o contrato com o representante com uma data posterior ao principal? Outra vez, não há ataque ao FFC ou a Vitton quando se questiona isso. Mas cabe sim a atual administração prestar esclarecimentos sobre o fato. Como diz a nota, quem não deve, não teme.

Se engana o doutor quando fala numa cruzada pra querer derrubar o Fluminense. De quem? De dentro do clube? Não há. Há sim um senso crítico típico do tricolor médio que por natureza é questionador e esclarecido. E mais uma vez, quem não deve não teme. Nosso grupo quer ver o Fluminense forte e poderoso. Queremos enfrentar o Dr. Mario nas urnas, com o clube sanado, dívidas em dia, organizado e vencedor. Não precisamos do caos para vencer. Temos como ponto principal um planejamento claro, forte, público e um sobrenome de história no clube, respeitado e vencedor.

Quem é tricolor, sem sofismas de verdadeiro ou não, e respeita nossa história sabe disso.

Grupo Esperança Tricolor

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