10 de setembro de 2014

Formação de elenco

Amigos,

No aguardo da partida de amanhã, jogo bastante complicado contra um Figueirense, que vem escalando a tabela de classificação. Curiosamente a partida ocorre no estádio que de certa forma, foi um divisor de águas para o Fluminense, no sofrido e inesquecível ato final da Copa do Brasil de 2007. Após aquele confronto, o Fluminense foi protagonista nos anos seguintes, conquistando dois campeonatos brasileiros e chegando a duas finais em nível sulamericano, além de mais um título estadual.

Da mesma forma, cumpre dizer que o protagonismo foi transformado em antagonismo no ano passado. Num ano de 2013 errado do início ao fim, o Fluminense contou com erros praticamente similares de dois adversários, que fizeram o clube não amargar novo rebaixamento. Muito da campanha trágica se deveu a um elenco mal montado e principalmente mal reposto, notadamente quando foram vendidos Wellington Nem e Thiago Neves, dois expoentes dos títulos de 2012.
Voltando ao jogo de amanhã e considerando os inúmeros desfalques, remetemo-nos automaticamente ao dilema do elenco. A falta de reposição nos leva à Florianópolis com apenas dois zagueiros de origem, sendo um deles o discutível Elivélton e com Kennedy, Biro-Biro e Matheus Carvalho como as opções ofensivas, o que convenhamos, nos fará depender excessivamente do fator sorte.

E no dia de hoje, o clube finaliza uma contratação que carece de explicações. O goleiro Julio César, que não deixou saudades no Botafogo, acertou com o clube. Prioriza-se uma posição que já contava com quatro opções e que sabidamente no ABC do futebol não comporta dois jogadores atuando ao mesmo tempo. Não há lógica nenhuma em tal aquisição, ainda mais num momento de decantada escassez de dinheiro.

Falando em ABC, informações dão conta que o lateral-direito Renato, emprestado ao clube potiguar pelo Sport, deve chegar às Laranjeiras. Nada contra o atleta, mas parece que o discurso do atual VP de futebol, que diz que deve haver criatividade nas negociações, está sendo levado ao pé da letra. Pois as negociações de hoje são inacreditavelmente criativas.

A direção do clube precisa prospectar recursos, pois ao que tudo indica a patrocinadora reduzirá o montante para o ano que vem. Ao mesmo tempo, atuar com maior coerência no mapeamento de talentos e consequente ataque ao mercado. O Bom, Bonito e Barato sempre se mostrou Ruim, Feio e Caro. E isto, somado ao claudicante processo de transição da base e na já comentada redução nos investimentos da patrocinadora, resultará num elenco que nos fará passar sufoco.

Danilo Jeolás
Sócio e Membro do ESPERANÇA TRICOLOR 

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