23 de setembro de 2014

Como destruir uma reputação

Dr. Mário Bittencourt sempre teve uma atuação brilhante como advogado do Fluminense. Vários jogadores foram absolvidos com argumentações fantásticas feitas por nosso excelente defensor.

Quando o Fred chegou ao Brasil se envolveu em vários problemas com os juízes. Foi expulso, acusado de agredir outros atletas em campo e até confusão com juiz teve na final da Sulamericana de 2009. E sempre foi defendido e teve suas punições abrandadas graças ao trabalho do Dr.Mário.

Ano passado com a confusão entre Flamengo e Portuguesa, curiosamente mal explorada e investigada pela imprensa que preferiu criar o velho jogo de cena mocinho vítima pobrezinho (Portuguesa) x vilão bandido malvado (Fluminense), Dr.Bittencourt apareceu definitivamente no cenário nacional. Fez uma defesa da punição aos dois clubes de maneira incisiva, competente e muito mais preparada que qualquer outro advogado presente.

Resultado disso foi que se por um lado o Fluminense terminou beneficiado e se livrou do rebaixamento com a justa e correta punição aos clubes que cometeram infrações graves, o clube definitivamente teve sua imagem afetada pela participação no processo de maneira tão midiática.

E resultado final disso, Dr.Mário se tornou uma celebridade entre os tricolores. E associado a isso o passo seguinte foi considerar que ele seria o candidato ideal da situação, apoiado pelos grupos políticos que a compõe.

Ato seguido era necessário um outro passo: assumir o futebol. E assim foi feito. Dr.Mário passou a dividir os tribunais com o campo. Se tornou o responsável pelo carro chefe, produto estrela do clube e sua razão de existir.

Mas esse movimento pelo que se diz não deu certo. O advogado brilhante se tornou um VP medíocre, confirmando que medíocre é na média e não ruim. Não conseguiu trazer reforços para as posições carentes a altura das tradições do Fluminense. Não conseguiu renovar contratos. Não conseguiu manter o grupo unido e motivado. Entrou em polêmicas e agora se mete em uma nova com a UNIMED e seu mandatário. 

Ou seja, dividimos um excelente advogado e não ganhamos um VP.

Ainda acho que o Dr. Mário é uma boa pessoa e que será um bom candidato. Mas ele precisa atuar aonde é bom. Um goleiro normalmente não atua bem de meio campo. Um camisa 9 não é bom 2. Isso é futebol, vida real, vida de boleiro. E não um livro de leis. Quem não sabe a linguagem da bola, se perde nesse meio. A pensar...

Danilo Fernandes 
Sócio contribuinte e membro do ESPERANÇA TRICOLOR 

Nenhum comentário:

Postar um comentário