25 de setembro de 2015

Análise: Fluminense x Goiás

O Fluminense recebe o Goiás neste fim de semana em um jogo que vale muito mais do que três pontos, vale a possibilidade de se afastar um pouco da Zona de Rebaixamento. Fred, nosso capitão, já admite que nossa briga é embaixo, após 14 terríveis partidas seguidas no Brasileirão.

O adversário, apesar de ocupar a 16ª posição na tabela, é perigoso. Conquistou 15 dos últimos 27 pontos disputados. O Flu, apenas um em 24. Além disso, a equipe goiana tem como estilo atuar no contra-ataque, o que dificulta o modelo de jogo atual do Tricolor, com meias e atacante de lenta recomposição.

Sem Felipe Menezes na articulação, o Goiás deve apostar em Liniker, meia que costumeiramente arrisca chutes de longa distância e busca dar passes de ruptura, embora seja frágil no jogo aéreo. A saída é forçar lançamentos em longa distância e grudar Edson no rival. Os gols do time goiano saem, em sua maioria, de bolas paradas e cobranças de pênalti. Atacam principalmente pelo lado esquerdo e jogam sempre atrás da linha da bola quando visitantes.

Formação mais utilizada: 4-2-3-1
Renan: Bom em reflexos e defendendo chutes de longa distância. Peca na concentração.
Gimenez: Bom em desarmes e interceptações. Peca no passe.
Felipe Macedo: Gosta de sair driblando. Peca no passe, no jogo aéreo e em cruzamentos.
Fred: Gosta de fazer lançamentos, de dar chutões e não dá carrinho em desarmes. Bom em concentração. Peca no passe, no jogo aéreo e em desarmes.
Rafael Forster: Bom em desarme e peca no passe.
Rodrigo: Bom em bloquear jogadas, não dá carrinhos para desarmar. Peca no passe e em desarmes.
David: Gosta de fazer lançamentos e de chutar de longa distância. Bom em passes de ruptura, em cobranças de faltas, e muito concentrado. Peca no jogo aéreo e nos desarmes.
Liniker: Bom em passes de ruptura, chutes de longa distância, e cava muitas faltas. Peca no jogo aéreo.
Bruno Henrique: Muito forte no drible, no jogo aéreo e na recomposição defensiva. Mas peca no passe e perde a cabeça com facilidade.
Zé Love: Gosta de cavar faltas, driblar e prefere jogo de toques curtos. Peca no passe e na disciplina.
Erik: Prefere jogo de toques curtos e dribles. Muito bom em dribles, finalizações, passe e recomposição defensiva. Peca no jogo aéreo.

Sugestões para anular as forças e aproveitar as fraquezas do Goiás:
- Escalar a equipe no 4-2-2-2. Com Cavalieri; Renato, Gum, Antonio Carlos e Leo Pelé; Marlon, Edson; Gustavo Scarpa e Vinicius; Cícero e Fred;
- Deixar o zagueiro Fred livre para sair jogando. Com uma saída de bola basicamente feita através de lançamentos, o defensor optaria quase sempre pela bola longa, o que facilitaria o corte e recuperação de bola pelo Fluminense;
- Marlon foi escalado como volante por ser um jogador que comete poucas faltas nas tentativas de tomar a bola do adversário, o que facilitaria muito aos contra-ataques do Fluminense;
- Determinar que Marlon marque Liniker, pois é um defensor que comete poucas faltas, e Edson não dê espaços para David, sendo também responsável por reconquistar a segunda bola. Na construção, Edson daria suporte aos meias e Marlon manteria a posição, para evitar contra-ataques e liberar as subidas dos laterais;
- Colocar Scarpa e Vinicius atuando centralizados pelo meio, caindo pelas pontas para buscar espaços ou esperando a ultrapassagem dos laterais. Scarpa, que tem recomposição melhor, fecharia linha do passe para Bruno Henrique enquanto Vinicius marcaria o volante Rodrigo;
- Cícero e Fred servindo de referência para os cruzamentos, com o meia um pouco mais recuado em relação ao capitão. Defensivamente, cada um cortaria o passe para os laterais, forçando que os zagueiros comecem a construção das jogadas.


Cássio Cornachi
Sócio-Futebol e Membro do Esperança Tricolor

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