31 de outubro de 2017

Análise do fla x Flu

Um placar mínimo de 1-0 adverso é desanimador? Acredito que não. Afinal quem tem no hino “nos fla-Flus, é um ai Jesus”?
Quem tem medo quando os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas?
Quem tem arrepio do Casal 20, do Renato Gaúcho? Eu vos digo, são eles.

Quem tem um histórico de superações e se reerguer com a força da torcida? Somos nós. Tricolores, a situação está longe de ser dramática, desesperadora e/ou difícil. Muito longe!

Se o Abel não tem tempo suficiente para alterar modo/estilo de jogo, que a Comissão Técnica se atente a estudar, analisar e repassar ao elenco, os pontos fracos e defeitos do adversário a exaustão. E principalmente mostrem a este jovem plantel as nossas conquistas, as nossas histórias e vitórias. É dar a vida em campo até o fim.

Se a torcida não tem confiança no trabalho que tem sido feito, que dê, ao menos, mais este voto de confiança e compareça ao Maracanã. Cante, torça, vibre, apoie e acredite até o final. Este jogo vale muito. Para lavar a alma e quem sabe salvar o presente ano e o próximo.

Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Juan e Trauco; Márcio Araújo, Willian Arão e Diego; Everton (Vinicius Jr), Everton Ribeiro e Lucas Paquetá (Felipe Vizeu) Técnico: Reinaldo Rueda. Assim eles entraram no clássico de sábado, mantendo a mesma formação 1-4-2-3-1, apenas duas alterações foram feitas na equipe que iniciou a primeira partida da sul-americana: Rhodolfo no lugar de Rever (lesionado); Márcio Araújo no lugar do Cuellar (suspenso).

Jogo tão ruim quanto o nosso contra o Bahia. Tiveram a posse de bola mas quase não agrediram e tiveram poucas chances de gol.
Everton Ribeiro pela direita com mais intensidade, Diego centralizado e Everton pela esquerda, nenhuma novidade. Abusaram de jogadas pelas pontas e muitas bolas alçadas.  Cruzamentos, na maioria, buscando as costas dos defensores adversários (atenção Abel).

Nos escanteios, o Rhodolfo, Juan, Arão e Paquetá se posicionam em linha, buscando criar situações para os mais altos Juan e Rhodolfo. (ou seja marcação tem que ser mista!!! Ouviu Abel??) Arão aparecendo no último terço com frequência, infiltrando-se entre linhas e arriscando chutes de longa distância (ouviu meu meio de campo?? Joguem colados).

E o Vasco? Buscou jogar no contra ataque, com mais perigo e intensidade pelo seu lado direito nas costas do Trauco e Everton, e ainda conseguiu colocar uma bola na trave sem muito esforço e inspiração.

Acredito que o provável time seja: Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Juan e Trauco; Cuellar, Willian Arão e Diego; Everton, Everton Ribeiro e Lucas Paquetá. O zagueiro Rhodolfo tem características semelhantes ao Rever, gosta de conduzir a bola para sair jogando. Pode ser uma boa, dar espaço e deixar que ele conduza e forçar o erro de passe com ele distante da sua meta, com isso podemos ter um contra-ataque com zagueiro longe da meta.

O lado esquerdo é o mais vulnerável, Trauco defende com muito menos eficiência, e gosta de tomar bolas nas costas. Para nos ajudar mais um pouco, sua última cobertura é do vovô Juan, que salvo sua ótima leitura de jogo para permitir boas interceptações, é o jogador mais lento da equipe. Colocaria um veloz e um inteligente naquele lado, não espetados porque espetando alguém lá, não teríamos profundidade (como no último jogo). Tem que ter movimentação, balancear o jogo, e a bola chegar naquele lado no terço final da jogada com velocidade e profundidade. Talvez o Wendel vindo de trás e o Marcos Jr ultrapassando, para fazer um X, nas costas do Juan-Trauco. Já que é improvável o Lucas aguentar subir e descer com intensidade para tirar o devido proveito.

Arão sobe com frequência, ok. Isso já foi dito. Assim como atenção com ele nas subidas nunca é demais lembrar, mas principalmente temos que ter inteligência para contra-atacar e jogar no espaço que ele ocupa no setor defensivo, Arão deixa espaços (vide jogos contra São Paulo e Botafogo). Juan e Rhodolfo são altos, difíceis de vencer com bolas alçadas e quebradas de velocidade (bola lenta). A bola cruzada tem que ir por trás deles, em velocidade. Será que Dourado consegue fazer esse movimento? Ao invés de manter o erro de se posicionar entre os zagueiros, implorando por um erro adversário?

Ainda no Dourado, tentaria usar seu porte alto, e bom uso do corpo para ora fazer parede para chutes a distância de Douglas, Sornoza e Scarpa por exemplo, ora para permitir passagem, bola no fundo em velocidade de um Marco Junior/ Welliton Silva / Wendel por exemplo.

Os meias Sornoza e Scarpa, sem medo de errar, se com posicionamento adequado do corpo, CHUTEM!!! Escanteios a nosso favor? Olhem o último jogo do São Paulo contra eles, dá para espelhar e aproveitar. Embora estejam sempre com superioridade numérica em relação ao adversário, formam um tripé e com marcação mista (individual e por zona). Batida na primeira trave, com intenção de acertar a segunda bola, o primeiro homem não sobe, e param a marcação. Em outro momento, em batida curta, plantam atrás e dão espaço para quem vem como homem surpresa. Não dá pra fazer como nos últimos jogos procurando bater na direção da marca do pênalti.

Um time bem encaixado, inteligente, rápido, cirúrgico, com tesão, sangue nos olhos, atenção redobrada e com vontade de vencer. Isso é o que esperamos de vocês.

Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão.

Com as benções de João de Deus, depois de quarta-feira , estaremos a quatro jogos do retorno a Libertadores!!!

Jorge Coutinho
Sócio Proprietário e membro do Esperança Tricolor

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